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Parto de Lótus: Descubra os Mitos e Verdades

O parto de lótus tem ganhado cada vez mais adeptos entre aqueles que buscam alternativas para o momento tão especial do nascimento. Nomeado em homenagem à flor de lótus, que simboliza união e renascimento, este método difere significativamente dos partos convencionais.

Origens do Parto de Lótus

O termo “Parto de Lótus” foi popularizado por Clair Lotus Day, uma mulher norte-americana, após sua própria experiência em 1974. Ao descobrir que os chimpanzés não cortavam o cordão umbilical de suas crias, Clair decidiu manter o cordão umbilical de seu bebê intacto até que se separasse naturalmente. Essa prática, inicialmente única, foi adotada por outros parteiros ao longo do tempo.

O Que É o Parto de Lótus?

No parto de lótus, o cordão umbilical não é cortado imediatamente após o nascimento do bebê. A placenta é expulsa naturalmente, e o recém-nascido permanece ligado a ela pelo cordão umbilical até que este caia naturalmente, geralmente entre três a dez dias após o nascimento.

Benefícios do Parto de Lótus

As defensoras do parto de lótus acreditam que essa prática oferece benefícios como:

  1. Transição menos invasiva do útero para o mundo exterior.
  2. Fluxo adicional de sangue e nutrientes do cordão umbilical.
  3. Menos danos ao umbigo do bebê.
  4. Ritual em honra à vida compartilhada entre o bebê e a placenta.

No entanto, é importante notar que alguns desses benefícios são questionáveis, uma vez que a placenta torna-se um órgão morto após ser expelida, perdendo sua capacidade de transportar nutrientes.

Riscos do Parto de Lótus

Os estudos sobre o parto de lótus são limitados, e alguns riscos potenciais incluem:

  1. Aumento do risco de infecção devido à decomposição da placenta.
  2. Falta de evidências que comprovem a segurança dessa prática.
  3. Possibilidade de ferir o bebê acidentalmente durante o manejo do cordão umbilical.
  4. Incerteza sobre os cuidados adequados para a placenta até sua separação do bebê.

Cuidados Pós-Parto no Parto de Lótus

Se optar por essa prática, alguns cuidados específicos são necessários nos primeiros dias de vida do bebê:

  1. Coleta e transporte seguro da placenta.
  2. Secagem gradual da placenta e do cordão umbilical até a queda.
  3. Evitar dar banho ao bebê enquanto a placenta estiver conectada.
  4. Escolher roupas adequadas para facilitar a preservação do cordão umbilical.

Comparação com a Clampagem Tardia do Cordão Umbilical

O parto de lótus difere da clampagem tardia do cordão umbilical, uma prática recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ambas visam preservar a continuidade da passagem de nutrientes e sangue para o bebê, mas a placenta no parto de lótus é considerada um órgão morto assim que é expelida.

Embora algumas mães adotem o parto de lótus, é crucial considerar a falta de apoio de organizações de saúde renomadas, como a OMS e a Direção Geral da Saúde (DGS), e as advertências de associações médicas norte-americana e britânica.

GRAVIDEZ E PRÉ-NATAL

Referências:

  • Linha de Saúde
  • Jornal Económico
  • Estudo: “Compreendendo os mitos na gravidez e no parto e as possíveis consequências adversas: uma revisão sistemática” (PMC da Europa, NCBI)

1 comentário em “Parto de Lótus: Descubra os Mitos e Verdades”

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